Poucas frases definem tão bem a equipe de Luciano Spalletti quanto esta. Apesar do bom desempenho ao fazer o jogo em um campo complicado, historicamente o mais difícil para a Inter – mesmo para os grandes times do passado -, nesta noite os nerazzurri flertaram com a vitória em três oportunidades claras, mas saíram de Turim mais uma vez frustrados.
Desde novembro de 2012 a Beneamata não vence na casa da sua maior rival, o que certamente influenciou ainda mais as sensações com a partida desta sexta-feira. Há anos um time interista não jogava tão bem assim no Stadium, com autoridade e de fato um bom futebol. A qualidade que falta de um lado, transborda do outro, e isso ajuda a explicar o domínio rival.
Entre a dificuldade da Juventus em fazer o seu jogo habitual, o time de Spalletti se preparou muito bem. Conseguiu sair com Marcelo Brozovic para deixar os pontas Ivan Perisic e Matteo Politano em boas situações. Assim como também soube pular as linhas com Mauro Icardi, que apresentou uma versão coletivamente muito melhor e produtiva para a equipe, que com certeza seria interessante ver com mais frequência.
“Icardi fez a partida que devia fazer, com um grande trabalho para vir de encontro para ajudar o time. Conseguimos sair muitas vezes graças aos seus apoios, criando oportunidades importantes”, destacou o treinador interista no final da partida. Realmente foi assim, embora o argentino não tenha chutado a gol e encontrou resistência contra Giorgio Chiellini.
Para Spalletti, “a equipe jogou um bom futebol, mas falhamos certas interpretações que a Juventus não permite”, e que “conduzimos a partida de maneira correta por um longo tempo, mas em alguns momentos relaxamos demais”. É sempre esse “mas”. Nunca 10. A destacar também a reação juventina no final depois do susto e a diferença que faz o talento.
Cenário não muito diferente da semana passada em Roma, quando o time perdeu muitas chances e sofreu o empate. Já esta derrota foi a quarta em 15 rodadas, um número importante considerando que na temporada passada foram seis em 38. Essa falta de gordura sempre pesa no final e coloca mais pressão sobre o elenco. O caminho está bem desenhado, há margem e expectativa para melhorar.
Foto: Inter